Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis...
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Sabendo disso, coloque uma vírgula na frase abaixo:
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura.
Dizem as más línguas que todo homem coloca a vírgula depois do TEM, e toda mulher coloca a vírgula depois de MULHER.
Divertido. Mas pra gente isso não basta. Qual o motivo da vírgula nos dois casos? Qual termo causa a dupla possibilidade de interpretação?
Vejamos.
Nos dois casos, temos uma oração subordinada adverbial condicional (1) com uma oração subordinada adjetiva restritiva (2) e, por último, a oração principal (3).
A questão é que o termo "A MULHER" pode ser tanto o sujeito do verboTEM (fazendo parte da oração adjetiva restritiva) ou do verboANDARIA (fazendo parte da oração principal).
Assim, é a vírgula que determina de qual verbo o termo "A MULHER" é sujeito.
Se o homem soubesse o valor (1) / que tem, (2) / a mulher andaria de quatro à sua procura. (3)
[a mulher = sujeito do verbo andaria]
Se o homem soubesse o valor (1) / que tem a mulher, (2) / andaria de quatro à sua procura. (3)
[a mulher = sujeito do verbo tem]
Agora sim. Interpretado e analisado.
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